terça-feira, 23 de junho de 2015

Pedacinho de tesouro, de pai para filho

Pedacinho de tesouro, de pai para filho

O Vítor e o filho. A fotografia já tem alguns aninhos.
O pai é o Vítor e o filho é o... ups!, esqueci-me do nome... :-(
O momento foi testemunhado ontem pelo João; e quem por ele hoje perguntou foi o Marco. Aconteceu, repito, ontem, já depois das oito da noite.
Ainda ontem decidi escrever um apontamento sobre o que aconteceu, mas sem data, sem prazo para o fazer. Ora, o que se passou foi que hoje, a meio da tarde, por um acaso muito feliz, encontrei o Marco (meu aluno de Psicologia há alguns anos) no Chiado, ao pé do Fernando Pessoa; perguntou-me por várias coisas - entre elas, pelas viagens e aventuras. Assim que ele se afastou, decidi: o apontamento iria ser escrito já hoje!

Ei-lo:
O Vítor, eu cruzei-me com ele por acaso no Spacio, nos Olivais; eu estava lá para jantar com o João, meu afilhado, que me tinha desafiado para isso. Ele seguramente certificará a saborosa ocorrência.
Praticamente à entrada, ali ao pé da loja do Pingo Doce, quando nos preparávamos para subir ao segundo andar, reconheci o Vítor a vir na nossa direcção. 
O Vítor vinha com a esposa de um lado e o filho do outro. Velho Traquina (1) - muito traquina mesmo! -, depois de celebrarmos, com um valente abraço, e muito alegremente o encontro, voltou-se para o filho e falou assim com ele: "Lembras-te de eu te falar dum senhor e das viagens e passeios que eu fiz com ele?" E enumerou alguns desses passeios e aventuras. Sim, o filho, ao mesmo tempo que acenava afirmativamente com a cabeça, olhava para tirar as medidas àquele sujeito que, até agora, fora, na sua mente, apenas um fantasioso personagem de memórias gratas do seu pai, do tempo em que o pai tinha a idade que ele tem agora.
E pronto, Marco, é só isto... Mas neste tão pouco há tanto! Há muito mesmo, como tu certamente compreenderás. É claro que imaginas que bem me senti ao ouvir o Vítor e ao ver os olhos do miúdo assim pregados em mim.
É um bem saboroso privilégio este de fazer parte da história do desenvolvimento pessoal de alguém e vermo-nos a fazer parte do que parece ser conversas em casa, em que, pelo simples desfiar de lembranças, conversas de falar de si mesmos, os pais educam os filhos no aconchegante ambiente do lar, em família. É que esta é, muito provavelmente, a mais impressiva forma de educação, na linha do que dizia o meu mestre João dos Santos: "Educar é oferecer-nos como modelos".
Marco, gostei muito de te reencontrar hoje! Que belo abraço! Estás feito um belo moço! (Será do "tratamento" de lama que andas a fazer? ;-) )
Vítor, obrigadinho pela dádiva que me trouxeste hoje! Continuas com o teu tão radioso - e bem maroto! - sorriso.
João, terás consciência que foste o autor deste precioso momento?  Sem o teu convite para jantar o que aconteceu ainda agora estaria por acontecer.
Puto Oliveira, desculpa-me não me lembrar do teu nome! :-/ Tu és a fascinante criança renascida, geração após geração - como o teu pai foi um dia; ele e a tua mãe; a criança que justifica tudo o que fazemos quando nos entregamos à educação das crianças. Por ti e por todas as crianças tudo vale a pena! Grande abraço! E que a gente um dia se encontre numa aventura que depois te apeteça contar aos teus filhos; e aos teus pais, se eles não forem também connosco.

(1) Associado da associação juvenil Os Traquinas da Boa Vida.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

QUE PEQUENO ACASO TÃO SABOROSO !...

QUE PEQUENO ACASO TÃO SABOROSO !...

                Há pouco mais de um ano, de boa-fé, pedi amizade no Facebook a um muito dinâmico músico, que tinha conhecido dias antes, em Miranda do Douro, que colaborou muito empenhadamente num serão musical para os alunos que, com outros colegas professores, levei de Lisboa às terras da Língua Mirandesa. O serão aconteceu no centro de juventude do Barrocal do Douro.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152165152198975&set=
a.491624638974.283668.512253974&type=3&theater

                Ora bem, aconteceu que me enganei… O Pedro a quem pedi amizade não era o Pedro que conheci no Barrocal do Douro. Para além de alguma semelhança física, tratava-se também de um artista musical notável. Com a mesma boa-fé, e muito simpaticamente, o Pedro a quem pedi amizade – e que vive em Dublin, na Irlanda -, aceitou imediatamente o meu pedido.
                Depois de ver o seu mural, descobri o meu erro e logo escrevi ao meu novo amigo Facebookiano: «Olá, Pedro! Pedi-te amizade porque te confundi com o Pedro Almeida, da Associação Lérias. Mas, depois do que vi no teu mural, tenho todo o gosto em continuar teu amigo no Facebook! Um abraço!» E o Pedro, boamente, continuou a ser meu amigo no Facebook. Isto passou-se em Abril do ano passado.
                Hoje caminhei para o Cais do Sodré, como faço regularmente às quartas-feiras; só que, contrariando a escolha habitual do estabelecimento para me encontrar com o meu habitual interlocutor, fui para outro. Hoje eu precisava de um estabelecimento que tivesse acesso livre à Internet. Entrei no primeiro que encontrei, mas mesmo no primeiro!
                Assim que entro, vejo o Pedro – de Dublin! - a dirigir-se à saída do estabelecimento!... Reconheci-o imediatamente e percebi logo que ele também me tinha reconhecido; aliás, penso que a iniciativa do muito cordial aperto de mão foi dele, não minha. Tivemos uma breve troca de palavras, ele regressa amanhã à Irlanda!
                Deixei-lhe um repto para o próximo ano lectivo, para colaborar com as minhas aulas de Psicologia. Aceitou imediatamente! É mesmo um rapaz às direitas!!!
                Gente boa, senhores! É verdade, o Pedro faz jus ao que pensamos da gente boa!
                Que sorriso cordial ele fez quando me viu!
                Felizes circunstâncias: do Facebook ao encontro pessoal directo, com erros e acasos, boa-fé e humor a tecerem a história deste tão singelo relacionamento pessoal.

                Grande abraço, Pedro! Desejo-te todos os sucessos na arte que, pelo que tenho visto, tanto te apaixona e tanto pede de ti!