domingo, 1 de maio de 2011

A avó é a mãe duas vezes?

O tema "Mãe" foi um dos temas dominantes das minhas conversas diretas e das minhas interações virtuais na Internet. O outro tema foi a beatificação de João Paulo II. Sobre este segundo tema escreverei noutro lugar, oportunamente.
No que ao tema da Mãe diz respeito, pude, por diversas circunstâncias, umas mais felizes e outras menos felizes, aperceber-me da frequência da reunião, ou da simples menção, das três gerações: a avó, a mãe e a neta, a fazer lembrar o desafio que há muito anos ouvi e a que achei logo muita piada: "Duas mães e duas filhas vão à missa com três mantilhas. Como é isso possível?..."
No meio do que foi a minha experiência pessoal de hoje, qual cereja no topo do bolo, tive a satisfação de encontrar num livro de Alice Vieira, a valorizar a cultura familiar tradicional, uma afirmação do meu mestre João dos Santos:
- Uma criança não pode viver sem uma avó e sem uma aldeia; se não as tiver, é preciso inventá-las.
Alice Vieira expõe claramente no livro as suas ideias sobre o papel e - vigorosamente - os direitos da avó.
Recomendo a discussão, no seio das famílias e dentro das escolas, das ideias expostas pela escritora portuguesa; e a afirmação de João dos Santos, só por si, justifica outro serão, e outros workshops, habitualmente vespertinos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

"Padre Motard", um livro extraordinário de Pedagogia

Dediquei todos  os bocadinhos que a Sexta-Feira Santa me permitiu, a continuar a leitura do livro do Padre José Fernando Lambelho, "Padre Motard".  Hoje, só "roubei" à leitura do livro do meu amigo-irmão Lambelho a fugida ao cimo do Monte Queimado, aqui no Faial. A graciosidade do dia, em evidente contraste com o cinzentão e o "ventosão" dos dias anteriores (todos, desde que cheguei à Horta, há mais de uma semana), foi uma tentação irresistível.
Agora é hora de saudar e dar as boas-vindas ao fantástico livro de Pedagogia que é o livro do Padre José Lambelho! O "Diário" de Sebastião da Gama e os textos do meu querido Mestre e amigo João dos Santos são minhas preciosas companhias de todos os dias. A um e outros, a partir de hoje, estará sempre junto o "Padre Motard". São os exemplos reais, são as sugestões, são as perspetivas, são as opções, são as crenças... Parabéns, Padre José Fernando, irmão e amigo! Que toque mágico o de Rosa Ramos! Que obra criaram, que riqueza nos trouxeram! Bem-hajam!
Deixo aqui um pequeno exemplo, quase pegado ao acaso, no meio de tantos!
"- Ouça lá, como é que uma pessoa tão inteligente como você ainda pode acreditar nessas coisas?  [em Deus, na religião]
Não lhes podia responder com palavras. Tinha de lhes responder com a vida, com factos e tão reais quanto possível. Enfrentava-os com um sorriso e recordava-se sobretudo da cena de Tomé, um dos apóstolos. Tinha que levá-los a crer por si próprios. Houve casos que demoraram anos. Muitos deles, só quando o viram com o mesmo entusiasmo a falar de Deus, quando ficou canceroso."
(in "Padre Motard", pág. 127. Editora Estrelapolar, 2011)